Dom José Francisco Falcão de Barros reflete o Salmo 4, 8-9. Cita textos de Santo Agostinho, São João Crisóstomo e Eusébio de Cesareia:
Os salmos na nossa vida – Salmo 4
“Pusestes em meu coração mais alegria do que quando abundam o trigo e o vinho”
Salmo 4,8
“Não disse simplesmente ‘Pusestes mais alegria’, mas acrescentou ‘em meu coração’, precisando assim que a alegria não está nas coisas externas, não no ouro ou na prata, não nas roupas ou nas mesas suntuosas, não na grandeza da imponência ou na extensão da casa. Esse tipo de alegria não é do coração, mas dos olhos. Muitos avaliam a vida segundo essas posses; eles levam dentro de suas almas uma sensação de desconforto causada pela multidão de preocupações e por intermináveis apreensões. Se as realidades presentes te dão alegria e tu, mediante elas, reconheces a Providência de Deus, obténs ensinamentos maiores e mais profundos, pelo fato que eles são melhores, mais estáveis e permanentes. Se creres que a Providência de Deus assume a forma da tua riqueza e da tua prosperidade, muito mais forte deve ser a tua convicção de obter no céu riquezas maiores. Todavia, se tu te perguntasses por que essas coisas sejam fruto da esperança e ainda não se realizaram, responder-te-ia que nós, crentes, consideramos o que é objeto da nossa esperança como coisas mais óbvias que as coisas óbvias em si: nisso consiste a certeza da fé. E se tu me perguntasses por que não recebemos recompensas aqui e agora, deveria responder-te que o presente é o tempo das aflições e das preocupações, enquanto o futuro é o tempo da coroa e dos louros. Isto é efeito da Providência de Deus: de um lado, as dificuldades e os desprazeres nesta breve e sofrida vida; do outro, as coroas e os prêmios por toda a eternidade na existência futura”
São João Crisóstomo (347-407)
Comentário aos Salmos, 4, 9
“Apenas me deito, logo adormeço em paz, porque a segurança de meu repouso vem de vós só, Senhor”
Salmos 4, 9
“Deixando de lado tantos homens, dissipados devido à ambição dos bens temporais, que perguntam: ‘Quem nos fará ver a felicidade?’, felicidade esta que não há de ser procurada exteriormente com os olhos e sim no íntimo do coração simples, o fiel exultante profere: ‘Apenas me deito, logo adormeço em paz’. Destes espera-se, com razão, afastamento espiritual completo das coisas passageiras e esquecimento das misérias deste mundo, significadas de maneira conveniente e profética com os termos ‘adormecer’ e ‘repouso’, lá onde a paz suprema não é interrompida por tumulto algum. Tal meta não se alcança nesta vida, mas na outra”
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 4, 9
“Aprendi do Salvador e de suas promessas que, se em grande parte da vida presente não me faltam tristezas, tribulações, tentações e dificuldades, chegará, porém, o momento em que me desprenderei do corpo e repousarei na paz”
Eusébio de Cesareia (265-339)
Comentário aos Salmos, 4, 8
Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.
“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.
A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.