Dom José Francisco Falcão de Barros
reflete o Salmo 4, 4-5. Cita textos de Santo Agostinho, São João Crisóstomo e Apocalipse 6, 15-17:

Os salmos na nossa vida
Salmo 4

“O Senhor escolheu como eleito uma pessoa admirável, o Senhor me ouviu quando O invoquei”
Salmo 4,4

“‘O Senhor escolheu como eleito uma pessoa admirável’. Qual eleito senão aquele que Deus ressuscitou da região dos mortos e colocou no céu à sua direita? O gênero humano é convidado a finalmente se converter do amor deste mundo para o Senhor… “O Senhor me ouviu quando O invoquei”. Creio tratar-se de uma exortação a implorarmos o auxílio de Deus com grande ardor do coração, com clamor íntimo e espiritual. É mister congratular-nos com as luzes recebidas nesta vida; e cabe-nos suplicar o repouso depois dela. Por isso, quer se aplique ao fiel evangelizador, quer ao próprio Senhor, entenda-se: O Senhor vos ouvirá quando a Ele clamardes”
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 4, 4

“Por que, tu perguntas, muitas pessoas não são ouvidas? Por causa da inconveniência dos seus pedidos. Nesse caso, não ser ouvido é melhor que sê-lo, porque, se fôssemos escutados, não seríamos felizes por isso. No caso de não sermos escutados, devemos rezar exatamente para isso. Em outras palavras: de um lado, quando fazemos pedidos impróprios, é melhor para nós não sermos atendidos; de outro, quando as nossas súplicas parecem a Ele indiferentes, na verdade Deus adia a resposta para o nosso bem, o que não é algo de pouca importância… Assim, não desistamos quando não formos escutados, não demonstremos fraqueza, mas persistamos com a oração e a súplica. Deus, no final, sempre obtém coisas melhores para nós”
São João Crisóstomo (347-407)
Comentário aos Salmos, 4, 7

“Irai-vos, mas sem pecar; refleti em vossos corações, quando estiverdes em vossos leitos, e calai.”
Salmos 4, 5

“Deus não abandona a sua cólera, porque ela é útil; não elimina a ira, porque ela ajuda a corrigir os malvados e negligentes. Essa ira não é pecaminosa, não se trata de cólera irracional… Em outras palavras: é justo encolerizar-se por um motivo justo, como Paulo contra Elimas (cf. At 13, 6-12) e Pedro contra Safira (cf. At 5). Eu não qualificaria aquela ira como cólera pura e simples, mas como um pensamento justo, uma preocupação. Um pai se irrita com o seu próprio filho, mas por se preocupar com ele. Da mesma forma Deus, quando se revela irritado, não age assim por vingança pessoal, mas com a finalidade de nos corrigir. Nós devemos buscar imitá-Lo. Diferentemente de nós, sua cólera, que jamais é uma paixão descontrolada, acende-se somente por uma justa causa”
São João Crisóstomo (347-407)
Comentário aos Salmos, 4, 6

“Então os reis da terra, os grandes, os chefes, os ricos, os poderosos, todos, tanto escravos como livres, esconderam-se nas cavernas e grutas das montanhas. E diziam às montanhas e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que está sentado no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o Grande Dia da sua ira, e quem poderá subsistir?”
Apocalipse 6, 15-17

“‘Irai-vos e não pequeis’. Há dois modos de se entender isso. Ou: Mesmo se vos irardes, não pequeis, isto é, apesar de surgir a emoção, que não está em vosso poder em consequência do pecado, ao menos a razão e o espírito não consintam, eles que foram regenerados interiormente segundo Deus, de modo que pela mente sirvamos à lei de Deus, se ainda pela carne servimos à lei do pecado (Rm 7, 26). Ou então: Fazei penitência, isto é, irai-vos contra vós mesmos por causa dos pecados passados e, doravante, deixai de pecar”
Santo Agostinho (354-430)
Enarrationes in Psalmos, 4, 6

Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.

“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.

A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.