Dom José Francisco Falcão de Barros
continua sua introdução (27) e apresenta a visão da Igreja sobre o livro dos Salmos. Cita um texto de São João Paulo II, da Audiência Geral de 28/03/2001:

 

Os Salmos na Tradição da Igreja

“Podemos introduzir-nos na compreensão dos Salmos através de vários caminhos. O primeiro consistiria em apresentar a sua estrutura literária, os seus autores, a sua formação, os contextos em que surgiram. Depois, seria sugestiva uma leitura que realçasse o seu carácter poético, que por vezes alcança níveis altíssimos de intuição lírica e de expressão simbólica”.

“Não menos interessante seria percorrer novamente os Salmos considerando os vários sentimentos do ânimo humano que eles manifestam: alegria, reconhecimento, ação de graças, amor, ternura, entusiasmo, mas também sofrimento intenso, recriminação, pedido de ajuda e de justiça, que por vezes acabam em cólera e imprecações”.

“Nos Salmos, o ser humano encontra-se a si próprio completamente. A nossa leitura terá, sobretudo, por finalidade evidenciar o significado religioso dos Salmos, mostrando como eles, mesmo tendo sido escritos há tantos séculos por crentes hebreus, podem ser incluídos na oração dos discípulos de Cristo”.

“Por isso, deixar-nos-emos ajudar pelos resultados da exegese, mas pôr-nos-emos juntos na escola da Tradição, sobretudo escutando os Padres da Igreja”.

“Com efeito, com profunda penetração espiritual, eles souberam discernir e indicar a grande ‘chave’ de leitura dos Salmos no próprio Cristo, na plenitude do seu mistério. Os Padres estavam convencidos disto: nos Salmos fala-se de Cristo”.

“De fato, Jesus ressuscitado aplicou a si próprio os Salmos quando disse aos discípulos: ‘Era necessário que se cumprisse tudo quanto a Meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos’” (Lc 24, 44).

“Os Padres acrescentam que nos Salmos se fala a Cristo ou até que é Cristo quem fala. Dizendo isto, eles não pensavam apenas na pessoa individual de Jesus, mas no Christus totus, no Cristo total, formado por Cristo chefe e pelos seus membros. Surge assim, para o cristão, a possibilidade de ler o Saltério à luz de todo o mistério de Cristo”.

“Precisamente esta ótica faz emergir também a sua dimensão eclesial, que é realçada de maneira particular pelo cântico coral dos Salmos. Compreende-se desta forma como os Salmos tenham sido assumidos, desde os primeiros séculos, como oração pelo Povo de Deus”

São João Paulo II
Audiência geral
28 de março de 2001

 

Luz da Vida:
O programa Luz da Vida nasceu da necessidade de proclamar o nome santo de nosso Senhor Jesus Cristo, de levar a todos os corações a certeza de que não existe outro nome debaixo do céu pelo qual devamos ser salvos: Jesus Cristo.

“Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Mt 8, 12). Foi essa passagem bíblica que inspirou a criação e o nome do programa, que tem uma finalidade simples e audaciosa: apresentar Jesus Cristo como Caminho, Verdade e Vida. Como Luz que ilumina a vida de todos nós.

A cada programa, Dom José Falcão de Barros apresenta um tema diferente, abordando questões espirituais e materiais da vida hodierna, à luz do Evangelho de Jesus Cristo, da doutrina, do magistério e da tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.