Dom José Francisco Falcão de Barros comenta o Evangelho de Mateus, versículo por versículo. Reflete sobre a passagem bíblica de Mateus 9,17 e um texto de São Cromácio de Aquileia:
Mateus 9,17 (I) – Jejum
οὐδὲ βάλλουσιν οἶνον νέον εἰς ἀσκοὺς παλαιούς· εἰ δὲ μή γε, ῥήγνυνται οἱ ἀσκοὶ καὶ ὁ οἶνος ἐκχεῖται καὶ οἱ ἀσκοὶ ἀπόλλυνται· ἀλλὰ βάλλουσιν οἶνον νέον εἰς ἀσκοὺς καινούς, καὶ ἀμφότεροι συντηροῦνται
“Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam”
“Por odres velhos devem ser entendidos os infiéis que viviam segundo os modelos do seu tempo. O vinho novo indica a graça do Espírito Santo… Quando o Senhor disse: ‘Não se coloca tampouco vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem’, pretendia afirmar que aqueles que vivessem segundo o modelo antigo, ou seja, como infiéis e como incrédulos, não poderiam conseguir o novo dom do Espírito Santo. Por odres novos devem ser entendidos aqueles que vieram à fé… Os novos fiéis, renovados pela graça de Cristo mediante o novo nascimento celeste, guardam dentro de si o vinho novo que receberam, ou seja, o dom do Espírito Santo; conservam íntegra e ilibada a graça que lhes foi confiada”.
São Cromácio de Aquileia (340-407)
Tractatus in Mathaeum, 46, 5