Dom José Francisco Falcão de Barros comenta o Evangelho de Mateus, versículo por versículo. Reflete sobre as passagens bíblicas de Mateus 6,22-23 e um texto de Santo Agostinho:

Mateus 6,22-23 (IV) – Deus, único tesouro

Ὁ λύχνος τοῦ σώματός ἐστιν ὁ ὀφθαλμός. ἐὰν οὖν ᾖ ὁ ὀφθαλμός σου ἁπλοῦς, ὅλον τὸ σῶμά σου φωτεινὸν ἔσται· ἐὰν δὲ ὁ ὀφθαλμός σου πονηρὸς ᾖ, ὅλον τὸ σῶμά σου σκοτεινὸν ἔσται. εἰ οὖν τὸ φῶς τὸ ἐν σοὶ σκότος ἐστίν, τὸ σκότος πόσον.
 
“O olho é a luz do corpo. Se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará em trevas. Se a luz que está em ti são trevas, quão espessas deverão ser as trevas!”

“As coisas que certamente são pecados não podem fazer-se com boa intenção. Aquelas ações dos homens que não são por si mesmas pecados serão ora boas ora más, de acordo com suas causas. Assim como é bom dar de comer aos pobres, se isto se faz por caridade, também é mau quando se faz por ostentação”.

“Mas quando as ações são pecados por si mesmos, como o roubo, o estupro e outras coisas do mesmo gênero, quem dirá que podem fazer-se por bom motivo ou que não são pecado? Quem seria capaz de dizer: “Roubemos os ricos para que tenhamos o que dar aos pobres?”

Santo Agostinho (354-430)
Contra mendacium, 7