Dom José Francisco Falcão de Barros comenta o Evangelho de Mateus, versículo por versículo. Reflete sobre a passagem bíblica de Mateus 10,32-33 e um texto de São Cipriano de Cartago:

Mateus 10, 32-33 (II) – Anúncio de perseguição


Πᾶς οὖν ὅστις ὁμολογήσει ἐν ἐμοὶ ἔμπροσθεν τῶν ἀνθρώπων, ὁμολογήσω κἀγὼ ἐν αὐτῷ ἔμπροσθεν τοῦ πατρός μου τοῦ ἐν [τοῖς] οὐρανοῖς· ὅστις δ’ ἂν ἀρνήσηταί με ἔμπροσθεν τῶν ἀνθρώπων, ἀρνήσομαι κἀγὼ αὐτὸν ἔμπροσθεν τοῦ πατρός μου τοῦ ἐν [τοῖς] οὐρανοῖς.


“Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus”

“No Evangelho, o Senhor fala, dizendo: ‘Quem tiver me confessado diante dos homens, eu também o confessarei diante de meu Pai que está nos céus; e quem tiver me renegado, também eu o renegarei’ (Mt 10, 32-33). Se ele não nega aquele que o nega, também não confessa quem o confessa. Ora, o Evangelho não pode em parte afirmar e em parte negar: é necessário que ou as duas coisas sejam válidas ou as duas coisas percam a força da verdade. Se os que negam não são réus de pecado, também os que confessam não recebem o prêmio da virtude. Por isso, se a fé que venceu deve ser coroada, também a perfídia vencida deve ser punida. Assim, os mártires ou nada podem, se o Evangelho pode ser quebrado, ou, se o Evangelho não pode ser quebrado, não podem agir contra o Evangelho, eles que se tornam mártires do Evangelho”

São Cipriano de Cartago (200-258)
Os Lapsos, 20