Frei Gilson e Dom José Falcão refletem sobre os quatro Evangelhos e os Padres da Igreja. Parte II:
1 Muitos empreenderam compor uma história dos acontecimentos que se realizaram entre nós, 2 como no-los transmitiram aqueles que foram desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da palavra. 3 Também a mim me pareceu bem, depois de haver diligentemente investigado tudo desde o princípio, escrevê-los para ti segundo a ordem, excelentíssimo Teófilo, 4 para que conheças a solidez daqueles ensinamentos que tens recebido.
Lucas 1, 1-4
“Ainda que cada um deles pareça ter seguido seu plano narrativo particular, não se vê, no entanto, que tenham querido escrever como que ignorando o que o outro havia já dito, ou que tenham passado por algo que ignoravam e depois se tenha descoberto que outro o havia escrito. Cada um colaborou segundo a inspiração de Deus”
Santo Agostinho (354-430)
De consensu Evangelistarum, 1, 2
“Entre todos os livros sagrados de autoridade divina, o Evangelho ocupa o primeiro lugar. Seus primeiros pregadores foram os apóstolos que viram o Senhor Jesus, Nosso Salvador, vivendo na carne. Destes, Mateus e João, crendo que deviam escrever o que eles mesmos tinham visto, publicaram-no cada qual em um livro separado. Mas para que nunca se julgue (no que concerne ao conhecimento e à pregação do Evangelho) que havia diferença entre os que o anunciaram depois de terem seguido o Senhor em vida e os que o creram fielmente por meio da palavra, dispôs a divina Providência, pelo Espírito Santo, que fosse atribuída a alguns daqueles que seguiam os primeiros apóstolos não somente a autoridade de anunciar o Evangelho, mas também de escrevê-lo”
Santo Agostinho (354-430)
De consensu evangelistarum, 1, 2
“Examinemos agora o que costuma inquietar alguns: por que o Senhor não escreveu nada Ele mesmo, sendo necessário crer em outros que escreveram sobre Ele? Em verdade, de modo algum se pode dizer que Ele não tenha escrito, visto que Seus membros executaram o que conheceram, quando a cabeça lhes dava ordens. Assim, pois, ordenou àqueles que eram suas mãos que escrevessem o que quis que soubéssemos de seus feitos e de sua doutrina”
Santo Agostinho (354-430)
De consensu Evangelistarum, 1, 7
“Eu, Tércio, que escrevi esta carta, vos saúdo no Senhor”
Romanos 16, 22