Frei Gilson e Dom José Falcão refletem sobre a incomparável sabedoria das Escrituras:

Sínodo de Roma (382)
Sínodo de Cartago (397)
Concílio de Florença (1439-1445)
Concílio de Trento (1545-1563)
Martinho Lutero (1483-1546)

“Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados lista dos Livros Sagrados. Esta lista completa é denominada “Cânon” das Escrituras. Ela comporta 46 (45, se contarmos Jr e Lm juntos) escritos para o Antigo Testamento e 27 para o Novo Testamento”
Catecismo da Igreja Católica, n. 120

20 Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. 21 Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus
II Pedro 1,20-21

27 Filipe levantou-se e partiu. Ora, um etíope, eunuco, ministro da rainha Candace, da Etiópia, e superintendente de todos os seus tesouros, tinha ido a Jerusalém para adorar. 28 Voltava sentado em seu carro, lendo o profeta Isaías. 29 O Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te para bem perto deste carro. 30 Filipe aproximou-se e ouviu que o eunuco lia o profeta Isaías e perguntou-lhe: “Porventura entendes o que estás lendo?” 31 Respondeu-lhe: “Como é que posso, se não há alguém que me explique?”
Atos dos Apóstolos 8,27-31

O eunuco disse a Filipe: “Rogo-te que me digas de quem disse isto o profeta: de si mesmo ou de outrem?”
Atos dos Apóstolos 8,34

“Quanto é pequena a quantidade de ouro, prata e vestes tirada do Egito pelo povo hebreu em comparação com as riquezas que lhe sobrevieram em Jerusalém, e que aparecem sobretudo com o rei Salomão (cf. 1Rs 10,14-23), assim é igualmente pequena a ciência — se bem que útil — recolhida nos livros pagãos, em comparação com a ciência contida nas divinas Escrituras. Porque tudo o que um homem tenha aprendido de prejudicial alhures, aí está condenado, e tudo o que aprendeu de bom, aí está ensinado. E quando cada um tiver encontrado tudo o que aprendeu de proveitoso em outros livros, descobrirá muito mais abundantemente aí. E o que é mais, o que não aprendeu em nenhuma outra parte, somente encontrará na admirável superioridade e profundidade destas Escrituras”
Santo Agostinho (354-430)
A Doutrina Cristã, 2, 43, 63

“Oh! admirável profundidade das tuas palavras! Essa tal profundidade está diante de nós como um rosto sorridente diante das crianças. Mas como é admirável essa profundidade, meu Deus, como é admirável essa profundidade! Querer perscrutá-la infunde tremor, tremor diante de tamanha grandeza, tremor de amor!”
Santo Agostinho (354-430)
Confissões, 12, 14, 17

“Quero discutir na tua presença, meu Deus, com aqueles que aceitam como verdadeiras todas as afirmações que a tua Verdade manifesta no interior da minha mente. Que ladrem e façam barulho, quanto quiserem, aqueles que negam. Procurarei convencê-los a se acalmarem e abrirem os corações à tua palavra. Se não quiserem e me repelirem, eu te peço, ó meu Deus, “que não te faças de surdo à minha voz” (Sl 27, 1). Fala-me ao coração a linguagem da verdade; somente tu o podes fazer. Eu os deixarei fora soprando o pó, a levantar poeira contra os próprios olhos. Eu me retirarei ao santuário de minha alma para cantar a ti hinos de amor, e chorarei lamentando-me com gemidos inenarráveis durante o meu exílio, ao lembrar-me de Jerusalém, minha pátria e mãe, com o coração voltado para ela; ao lembrar-me de ti, que és para ela o rei, a luz, o pai, o tutor, o esposo, as puras e intensas delícias, a firme alegria, enfim, que és para ela todos os bens inefáveis, porque és o único, o verdadeiro e o supremo bem”
Santo Agostinho (354-430)
Confissões, 12, 16, 23