Dom José Falcão faz uma reflexão sobre a obediência de Cristo. Cita os seguintes textos:

A OBEDIÊNCIA DE CRISTO AO PAI
“Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra” (João 4, 34).

“Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres. Meu Pai, se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!” (Mateus 26,39.42)

“Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado” (João 8, 28-29).

“Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hebreus 5, 8-9).

“Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2, 6-8).

A OBEDIÊNCIA DE CRISTO À LEI DE MOISÉS
“Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção” (Gálatas 4, 4-5).

A OBEDIÊNCIA DE CRISTO ÀS LEIS DO IMPÉRIO ROMANO
“Logo que chegaram a Cafarnaum, aqueles que cobravam o imposto da didracma aproximaram-se de Pedro e lhe perguntaram: Teu mestre não paga a didracma? Paga sim, respondeu Pedro. Mas quando chegaram à casa, Jesus preveniu-o, dizendo: Que te parece, Simão? Os reis da terra, de quem recebem os tributos ou os impostos? De seus filhos ou dos estrangeiros? Pedro respondeu: Dos estrangeiros. Jesus replicou: Os filhos, então, estão isentos. Mas não convém escandalizá-los. Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares abrirás a boca e encontrarás um estatere. Toma-o e dá-o por mim e por ti (Mateus 17, 23-26).

“Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?” Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: “Por que me tentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto!” Apresentaram-lhe um denário. Perguntou Jesus: “De quem é esta imagem e esta inscrição?” “De César”, responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22, 17-21).

A NOSSA OBEDIÊNCIA É A OBEDIÊNCIA DA FÉ
“Paulo, servo de Jesus Cristo, escolhido para ser apóstolo, reservado para anunciar o Evangelho de Deus; este Evangelho Deus prometera outrora pelos seus profetas na Sagrada Escritura, acerca de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, descendente de Davi quanto à carne, que, segundo o Espírito de santidade, foi estabelecido Filho de Deus no poder por sua ressurreição dos mortos; e do qual temos recebido a graça e o apostolado, a fim de levar, em seu nome, todas as nações pagãs à obediência da fé” (Romanos 1, 1-5).

“Àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu Evangelho, na pregação de Jesus Cristo – conforme a revelação do mistério, guardado em segredo durante séculos, mas agora manifestado por ordem do eterno Deus e, por meio das Escrituras proféticas, dado a conhecer a todas as nações, a fim de levá-las à obediência da fé – , a Deus, único, sábio, por Jesus Cristo, glória por toda a eternidade! Amém” (Romanos 16, 25-27).

A NOSSA OBEDIÊNCIA ÀS AUTORIDADES HUMANAS
“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22, 21).

Trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome. Não obstante isso, tendes enchido Jerusalém de vossa doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem! Pedro e os apóstolos replicaram: Importa obedecer antes a Deus do que aos homens (Atos dos Apóstolos 5, 27-29).

Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação (Romanos 13, 1-2).

É direito de toda pessoa manifestar sua objeção de consciência frente a tudo o que contraria as exigências da ordem moral, os princípios e valores éticos e a fé professada, de modo que ninguém, por tal motivo, possa ser punido ou forçado a agir de modo contrário àquilo que a consciência o move a fazer. Em certas ocasiões, com destemida firmeza, é necessário dizer: “É preciso obedecer antes a Deus que aos homens” (At 5, 29).
CNBB
Declaração sobre o direito à objeção de Consciência, 24/09/2009

Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei
Constituição Federal
Artigo 5º, VIII

Ecclesia:
O Ecclesia é um programa de catequese que aborda temas relacionados a doutrina e a fé da Igreja Católica.
A partir da história da Igreja, procura-se desvendar os mistérios da fé, dialogando sobre a doutrina, vida dos santos, dogmas, devoções e as principais festas do calendário litúrgico.
É um programa para todo católico aprender e aprofundar seus conhecimentos no mistério divino, a fim de viver de fato a Igreja católica.

 

Programa inédito: terça, 19h30.
Reprise: domingo, 9h30 e 19h.